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Durante muitos anos a Endodontia e a Dentística Restauradora foram vistas como especialidades distintas e individualizadas. Hoje se sabe que ambas não podem ser vistas separadamente, uma vez que o sucesso do tratamento de dentes com envolvimento endodôntico está intimamente relacionado na interação delas. Neste particular, o tratamento como um todo deve ser realizado adequadamente utilizando protocolos seguros e eficientes, e dentro das perspectivas atuais, com tempo de trabalho reduzido, sem em momento algum negociar a qualidade que jamais deve ser reduzida. O tempo de trabalho está relacionado ao menor número de sessões, que quando possível, deve ser considerado diante de vantagens tais como menor fadiga e estresse tanto do profissional como do paciente, custo reduzido, e diminuir o risco de contaminação cruzada/recontaminação intracanal entre as sessões. Neste contexto, a endodontia atual inicia com a desinfecção do canal radicular seguido da obturação, dando sequência à blindagem coronorradicular para vedar o acesso endodôntico cervical e proteger a estrutura dentária remanescente, onde o uso de pinos de fibra de vidro e resina composta tem demonstrado uma excelente opção em relação ao custo/benefício, possibilitando o tratamento imediato com atenção à preservação do dente na cavidade oral. No geral, devemos ver o tratamento do órgão dentário como uma única unidade que é composta pela fase pré-operatória, seguida da fase endodôntica, finalizando com o trabalho restaurador (Quadro 1). Este conjunto determina o reestabelecimento funcional do dente ao sistema estomatognático.